Uma das principais novidades que as mídias digitais trouxeram para o jornalismo é a produção de jornalismo em vídeo: tendência ou realidade? Se antigamente apenas as emissoras de televisão apostavam nesse formato, atualmente, existem várias  plataformas digitais que utilizam vídeos para noticiar.

Quem visita com frequência as redes sociais, blogs ou portais de notícias já deve ter notado como tem sido grande o volume de publicações de conteúdos no formato de vídeo. De acordo com o site Convergência Digital, o Brasil soma cerca de 159 milhões de pessoas acessando plataformas digitais diariamente. Numa lista com 20 nações, o Brasil se encontra entre os primeiros, ocupando a 5ª posição no ranking.

Muito além de fotos e posts escritos, o formato audiovisual surge como uma alternativa de conseguir a atenção do público, diante das diversas opções de canais e plataformas de conteúdo. Além de maior audiência, o formato apoia no melhor entendimento do público sobre seu serviço e/ou produto, ao mesmo tempo em que você educa sua audiência.

Uso do formato de notícias em vídeo nos principais jornais

Grandes jornais como o The New York Times publica diariamente uma seção de vídeos jornalísticos com até quatro reportagens produzidas por seus repórteres. Além disso, o jornal tem um blog chamado Medium, especializado em vídeos online. 

O jornal The Washington Post tem uma seção chamada Voices On, com uma coleção de entrevistas em vídeo feitas com personalidades das mais diversas áreas.

No Brasil os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo, publicam pelo menos dois vídeos em cada uma das suas edições online, confirmando que esse formato de jornalismo deixou de ser uma exclusividade da televisão. Outro exemplo é o portal G1, do conglomerado Globo, que possui farta cobertura em vídeos. 

O futuro da produção de vídeos jornalísticos

A transformação digital afetou seriamente as empresas de jornalismo. As notícias estão sendo produzidas e consumidas de forma diferente e todos os jornalistas precisam estar atentos às novas necessidades do mercado. 

As notícias não são produzidas como antigamente, onde na página continha textos longos com poucas imagens, isto é, atualmente entre o texto existem fotos, vídeos, infográficos, tabelas, podcasts, gifs e muitos outros recursos visuais.

O texto é cada vez mais curto, mas contém a mesma credibilidade e não altera o sentido e importância da notícia. O objetivo da mudança passa mais por entreter o leitor e melhorar o visual de cada notícia. Somando à informação.

O crescimento das reportagens produzidas em vídeo por jornalistas provenientes da mídia impressa é causa e consequência do fenômeno da convergência digital multimídia, o processo onde os formatos texto, audiovisual e interativo se integram usando a web como plataforma de entrega.

A diferença entre o vídeo digital e a televisão está no formato da narrativa. Enquanto a TV é linear, nas filmagens para web a estrutura ideal para contar uma história é a não-linear, ou seja, formada por blocos de conteúdos informativos que a audiência organiza segundo seus interesses.

A migração de repórteres para o videojornalismo não é um acaso. Esse crescimento na visualização de vídeos é visto desde 2008, quando 10 bilhões de vídeos foram acessados na internet, segundo a empresa ComScore. 

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