Segundo o estudo feito pela  ‘Understanding Value in Media‘, do Fórum Econômico Mundial, os jovens com idades entre 16 e 34 anos, residentes na Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos, tem o dobro de chances de pagar por notícias do que pessoas acima dos 55 anos. A pesquisa, ainda envolveu a China, que contou com mais de 9.100 participantes.

Na pesquisa, os números apresentados mostraram que apenas 17% dos jovens dizem estar dispostos a pagar por notícia, enquanto 61% pagariam por entretenimento. Outro dado apresentado foi que, em todos os países, menos da metade dos participantes afirmou pagar pela mídia. Já 44% afirmam investir em entretenimento e 16% disseram pagar por notícias.

A pesquisa

A pesquisa foi conduzida do fim de outubro ao início de novembro de 2019 e terminou antes da pandemia do coronavírus, que o Fórum Econômico Mundial está chamando de “a disrupção do século”. Já se via os efeitos da diminuição da receita de anúncios em organizações de imprensa grandes e pequenas, digitais e tradicionais, sem fins lucrativos e financiadas por anúncios. 

Mas o relatório, também encontrou uma maior proporção de assinaturas pagas entre indivíduos de renda ou status mais alto (apesar de não haver “1 padrão consistente” para serviços de entretenimento).

A pandemia do coronavírus e o consequente impacto econômico pode exacerbar uma diferença que já existe no nível de informação que chega a classes socioeconômicas diferentes, especialmente quando a mídia é forçada a depender mais de receita gerada pelos leitores.

No Brasil

A pandemia do coronavírus também potencializou a utilização das mídias sociais, de forma que pela primeira vez a televisão perdeu sua posição prioritária para as mídias digitais no que tange ao consumo de notícias. 

O uso de aplicativos de notícias também se viu crescendo neste período de pandemia, enquanto que os computadores diminuíram. O acesso na palma da mão facilita mais ainda a disseminação da informação e sua chegada aos leitores nos dias atuais, onde informação tem sido a melhor forma de combater o novo coronavírus. 

E apesar de diversos jornais e portais digitais desativarem seus serviços de paywall para notícias relacionadas ao vírus, foi possível ver ainda um crescimento de 27% na predisposição dos usuários a pagarem por suas notícias. Afinal, entende-se que as assinaturas levam ao acesso a conteúdos diferenciados e de qualidade.

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