Monetização digital no mercado publisher

Desde que a era digital chegou para todos nós, o mercado de publishers está em constante evolução e adaptação. No entanto, a monetização e rentabilidade dos veículos ainda é uma grande questão desafiadora. Vamos falar sobre as 4 dicas para não errar com a monetização digital no mercado de publisher.

Com a revolução digital, os veículos de imprensa evoluíram de forma expressiva, mas as transformações são cada vez mais voláteis e contínuas. Essas mudanças, exigem atualização permanente por parte dos publishers, para conseguir se manter no mercado, acompanhar as tendências e tomar decisões que são estratégicas para o negócio.

Pensando no tamanho do desafio, é comum que publishers repitam alguns vícios do mercado tradicional, com estratégias e processos que já não fazem mais sentido no veículos digitais. Para evitar que você cometa os mesmos erros, nós listamos aqui os 5 erros mais comuns no mercado de publisher. Bora pra leitura.

1. Depositar todas as fichas somente em anúncios

Uma coisa que devemos deixar bem claro, é a competição desleal com as big techs, que cobram valores ínfimos para que marcas gigantes anunciem em suas plataformas. Além disso, existem outros problemas em depositar confiança apenas na publicidade com fonte de receita, no mercado de publisher.

Segundo pesquisas da Harvard Business Review, 57% dos consumidores detestam as propagandas antes dos vídeos online, e 43% não assistem. Com essa percepção negativa sobre as propagandas online, os profissionais de marketing estão visando seus anúncios em mídias tradicionais, como Rádio TV. A causa dessa negatividade em relação aos anúncios, deve-se ao excesso de exibição dos mesmos, em praticamente todos os dias.

Esse tipo de excesso, pode gerar uma sentimento negativo dos usuários em relação à marca, devido a avalanche de anúncios. Isso não significa que portais de notícias não podem ter anúncios, porém é preciso reconhecer que tais estratégias podem não sair como planejado.

As consequências podem ser:

  • Frustração do anunciante, que não lucra nada, além de cliques frios
  • O publisher pode ser prejudicado, pois a experiência de consumo do seus conteúdo pode ficar comprometida (afetando o anunciante e o usuário ao mesmo tempo)
  • Irritar o usuário, que acaba não encontrando o conteúdo desejado, por conta dos excessos de anúncios.

A tendência do jornalismo empreendedor, é focar na construção de comunidade, ao invés de focar somente na audiência geral. Repense suas estratégias de anúncios, e foque em fidelizar seus consumidores e assinantes, oferecendo-lhes uma boa experiência.

2. Avaliar a assinatura somente como meio de pagamento

Vivemos na era da Experiência, em que a experiência de um consumidor influencia totalmente o outro a partir da sua vivência. Mas como vender uma boa experiência? Não é uma pergunta de resposta simples, isso vai depender do seu negócio, mas adiantamos que as assinaturas deve ser vista como um porta de entrada, é uma relação de ganho mútuo: se houver algo errado, um dos lados fica insatisfeito, geralmente é o lado do consumidor. 

Existe uma vasta lista de benefícios exclusivos que você pode oferecer aos seus assinantes, além do pagamento recorrente, você pode ofertar cupons para presentear amigos, acesso a eventos exclusivos, bastidores da notícia, por meio de grupos do Whatsapp ou Telegram, cupons de desconto em e-commerces, acesso antecipado a podcasts, newsletter exclusivas… enfim as oportunidades são enormes.

3. Não conversar com a base de assinantes (nem fazer pesquisa com o usuário)

Como já citamos acima, a experiência do usuário é um fator decisório para manter os assinantes felizes, e garantir receita para o seu veículo. Mas para manter essa estrutura em pé, é primordial manter um atendimento comunicacional suprindo algumas necessidades dos seus assinantes. 

Mas como saber as necessidades dos assinantes? Falando com eles! Em muitas empresas, para entender as verdadeiras necessidades e dores dos usuários, aplica-se a User Research, em tradução, pesquisa com o usuário. O objetivo é captar quais os pontos de contato entre a persona e seu serviço ou produto. Se o seu time receber um financiamento para criar um aplicativo de notícias, o primeiro passo é montar uma pesquisa, com objetivos e respondentes definidos. 

4. Não ter um time multidisciplinar para projetos inovadores

Quanto mais diversidade de talentos, maiores são as chances da sua redação jornalística aumentar a receita anualmente. Em resumo, não basta ter apenas bons jornalistas, é necessário ter pessoas na área comercial, financeira, desenvolvimento institucional, produtos etc. 

A interação de jornalistas com metodologias ágeis, e profissionais da área de TI, podem ser muito produtivas para o veículo, porque junto profissionais da comunicação com os da área de tecnologia. Essa mistura pode trazer produtos inovadores e novas visões de negócios.

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